Guy Veloso. Série “Penitentes” (2002-2019), Ritual de autoflagelação, Juazeiro-Bahia, 2014. Digital / Self-flagellation ritual, Bahia-Brazil, 2014.
CRÍTICAS/critics (ENGLISH below ):
Já não é o corpo tomado, mas o próprio corpus de imagens que se transfigura em olhar. Daí, a experiência da arte de Veloso ser o encontro com um corpus em êxtase – Paulo Herkenhoff. Texto do catálogo da mostra Pororoca, MAR-Museu de Arte do Rio, 2014.
Fica transparente esta relação ambígua entre o que é devoção e o que é violência – Moacir Dos Anjos, curador, programa Artes Visuais Brasil, SESC TV, 2011.

Guy Veloso. Série “Penitentes”. Ritual de autoflagelação, zona rural de Juazeiro-Bahia, 2014. Digital.
A obra de Guy Veloso prima pelo trabalho com a luz. (…) Suas fotografias exploram gestos e feições limítrofes, muito próximas do esgotamento físico, da dor, do delírio e da paixão – Paulo Miyada, curador, catálogo Penitentes.
Este ano Arte Pará homenageia o artista Guy Veloso com sua obra dedicada aos encontros da fé. Sua câmera é tenaz na busca por imagens da rica diversidade religiosa brasileira das diferenças e as convergências. Um tempo de insidiosa intolerância das doutrinas fundamentalistas no Brasil e no mundo, Guy Veloso aposta na arte como lugar como lugar de diálogo e de entendimento para a construção do respeito devido por todos a cada um. Nessa compreenção podem estar soluções para a humanidade” – Paulo Herkenhoff, texto curatorial, Arte Pará 2014 (artista homenageado).
Guy Veloso. Série “Penitentes”. Ouro Preto-MG, 2010. Diapositivo.
É impossível não intuir o cheiro da poeira e da terra pisadas pela multidão, o clamor de benditos e ladainhas elevando-se das imagens dramáticas e sofridas. (…) É o retrato granulado de uma redenção que não se consuma, de um Purgatório que continua ardendo, de um fim dos tempos que não se acaba – José de Souza Martins, sociólogo, Zum – Revista de Fotografia, Instituto Moreira Salles, 2012. Leia texto na íntegra.
As fotografias de Guy Veloso situam-se nesse universo no qual se interpõe invisíveis imagens e a estética por ele proposta se faz reconhecer – Marisa Mokarzel, curadora. Leia texto na íntegra.
Guy Veloso apresenta as suas fotografias de fé. Não uma fé dogmática ou sistemática, mas a que transparece em imagens surreais e fascinam pelo desconforto que nos causam – Simonetta Persichetti, O Estado de São Paulo, 20.09.2010.

Guy Veloso. Série “Êxtase”. Trasladação do Círio de Nazaré, Belém-PA, 2010. Slide.
Guy Veloso faz o trânsito entre fotografia documental clássica e ‘documental imaginário’. É uma nova força da fotografia documental brasileira que começa a despontar para o mundo – Eder Chiodetto, curador e fotógrafo, Revista Photo Magazine, no.41, 2012.
As imagens de Guy Veloso surpreendem pelo non sense, pelo surreal, pela completa dissonância entre o mundo real e o outro mundo – Rubens Fernandes Júnior, curador.
Interessante um certo desconforto, um certo estranhamento que provocam – Paulo Máttar, artista plástico e curador.
As imagens de Guy Veloso captam um momento no tempo em que a fé, a consciência e o corpo se tornam um através de rituais. A documentação fotográfica dos rituais interrompe nossa realidade urbana contemporânea, convocando outra realidade mais antiga para a ação no final do mundo. Ao experimentar a realidade de Veloso nos tornamos penitentes, embora de diferentes hemisférios – Maruca Salazar, curador, Museo de las Americas, Denver-CO, EUA, 2017.
Veloso nos conduz por um país estranho, fascinante e sensual – Orlando Maneschy, fotógrafo e pesquisador.

Guy Veloso. Ano-novo, Florianópolis, 2010. Cromo.
A fotografia de Guy Veloso nasce de sua discrição em infiltrar-se e cultivar intimidades – Catálogo da 29ª Bienal de São Paulo/2010. Leia texto na íntegra.
Penitentes de Guy Veloso reúne imagens com uma força que transcende a fotografia – Revista ARTE!Brasileiros, no. 07, Guia da Bienal (destaques), 2010.
A obra de Guy Veloso prima pelo trabalho com a luz. Com cores saturadas e vibrantes, suas fotografias resistem a entregar-se ao gozo pleno dos jogos cromáticos, fazendo com que sua paleta de cores acobreadas se revele através de uma densa sombra. Tal negrume, que empresta uma aura noturna mesmo para imagens captadas sob o sol do meio-dia, encobriria por inteiro seus cromos, não fosse pelo jogo de fontes de luz e pelos anteparos que a refletem e matizam sua coloração. É significativo, portanto, que esses anteparos sejam, no mais das vezes, corpos engajados em ritos de crença que são, eles mesmos, atos de busca por alguma espécie de iluminação (…) – Paulo Miyada, curador, texto da mostra “É preciso confrontar as imagens vagas com os gestos claros”, Oficina Cultural Oswald de Andrade, São Paulo-SP, setembro de 2012). Leia na íntegra.

Guy Veloso. Autoflagelação. Penitentes. Tomar do Geru-Sergipe, 2007. Digital.
A fotografia de Guy Veloso desdobra-se em ângulos de captura da cena de exercício da fé. O conjunto transita entre a interioriridade do ser, o êxtase e o corpo em estado de sublimação. Se é possível rezar sem entender as palavras (Derrida), em Veloso o espectador, não importa sua religião, comunga dos momentos de encontro com o sagrado. Contra as primazias e fundamentalismos religiosos, o artista aponta para a etimologia da palavra religião e a ideia de “religar” os homens acima de seus conflitos – Paulo Herkenhoff, catálogo 31º Arte Pará/2012 (artista convidado).
As cenas existem, mas a imagem, a estética é própria de Guy Veloso que potencializa o real lançando-o no limite do medo – Marisa Mokarzel, curadora.
É neste universo múltiplo e complexo que Guy lança um olhar que vai além das características de cada religião presentes na vida cotidiana dos brasileiros – Joana Mazza, curadora.
Guy Veloso. Ritual de Candomblé, Belém-PA, 2010. Slide.
No Vale do Amanhecer, fiéis se vestem como reis e rainhas. Guy Veloso extrai dessa devoção alegórica um preto e branco faiscante, luz que estoura os limites da fotografia e parece descascar a película até o pó de prata. Veloso registrou homens e mulheres de um dos templos da doutrina. Olhos abertos formam um contraponto entre a crueza da fotografia e a teatralidade barroca da comunidade religiosa. São olhares em êxtase que ultrapassam os limites desse claro-escuro, numa vertigem quase colorida – Silas Martí, Sobre a 18ª edição da Coleção Pirelli-MASP, Jornal Folha de São Paulo, 2010.
Guy Veloso. Ritual de Candomblé, Belém-PA, 2011. Digital.
As fotos (de Guy Veloso) são documentos sem serem documentais. São arte fotográfica de expressão pessoal e independem do episódio. Revelação sensível e visível do imaginário universal. O êxtase da devoção tornado contemplação estética da imagem – João de Jesus Paes Loureiro, poeta, 2017.
O primeiro passo para fotografar um tema complexo como o das seitas religiosas é não ter seus dogmas e crenças próprias como um parâmetro para julgar a fé alheia. Só assim o fotógrafo estará apto a perceber as sutilezas ocultas nas diversas camadas simbólicas de uma crença. Guy Veloso se manteve nessa busca por mais de uma década até seus registros romperem com o padrão clássico do documentarismo para mergulhar numa estética renovada, na qual ele nos coloca em contato com uma nova ordem de dimensões. As imagens se tornam, assim, orgânicas. É como se não estivéssemos mais vendo fotografias ‘sobre’ algo mas a coisa em si. Por vezes é necessário experimentar, expandir a linguagem, romper com os manuais, para que o realismo irrompa com maior contundência – Eder Chiodetto, curador e fotógrafo, livro “Geração 00 – A Nova Fotografia Brasileira”, 2013.

Guy Veloso. Série “Penitentes”. Juazeiro-Bahia, 2014. Digital.
Expoente do movimento testemunhal do Brasil, a obra de Guy Veloso resgata boa parte daquelas questões que fazem a identidade dos povos da América Latina. Na Argentina começou a ser conhecido por sua inclusão mostra “Imagens deste lado do Mundo” para a Red Cultural del Mercosul em 2007. Guy se integra a nova geração de autores testemunhais brasileiros seduzidos pela idéia de levar adiante um registro subjetivo e comprometido com um dos aspectos mais relevantes da cultura brasileira e, por extensão, a latino-americana, que se refere às práticas religiosas populares. Isto o conduziu a ser reconhecido em seu país e no exterior, com uma obra sólida, reveladora e com grandes valores estéticos – Revista Fotomundo, Argentina, 2008.
“Seu trabalho é dedicado ao registro de diferentes ritos de religiosidade popular brasileira, criando pontes entre o artístico e o documental. Com luz saturada e vibrante, as fotografias preservam a intensidade dos gestos dos participantes em momentos de transcendência e devoção. É comum que a câmera esteja integrada à dinâmica do ritual, o que imprime bastante movimento às imagens e aproxima o observador de uma experiência, por vezes, rara e nunca documentada antes. Festividades populares como o Carnaval e os desfiles de escolas de samba também aparecem de forma recorrente” – Enciclopédia Itaú Cultural link

Guy Veloso. Penitentes, Nossa Senhora das Dores-SE, 2002. Slide.
O fotógrafo parece ser parte da situação, sem lançar um olhar estrangeiro sobre ela. Cores, contrastes e pontos desfocados evidenciam o aspecto imaginário da festa (Candomblé) – Jornal O Globo, 23.07.2012.
Mostra o candomblé com representações orgânicas, instáveis e cheias de movimento, como quem observa de dentro do acontecimento – Eder Chiodetto, curador, Jornal O Globo, 23.07.2012.

Guy Veloso. Festival de Exu, Umbanda, Belém-PA, 2011. Slide.
Qual a fronteira entre a fotografia documental e a artística? Com Robert Capa, já não se podia traçar a linha, e com Guy Veloso também não é simples. No entanto, recentemente, o trabalho do paraense foi vetado por um importante site por supostamente não se tratar de arte. Seu apuro formal, as cores febris e o enquadramento dramático realçam a expressão, mais do que a informação, mas nem por isso convenceu a todos os críticos. Podemos inferir que tal rejeição se deva ao fato de Guy Veloso aparentemente aderir à religiosidade que retrata, em vez de analisá-la com olhar crítico. O transe fotográfico de Veloso concilia-se com o transe religioso, levantando uma questão que não é apenas teológica. A arte deve nos convidar a um estado de enlevo, como o frenesi do fiéis, ou a um olhar reflexivo, de uma distância estratégica? Ou, talvez, ambos, simultaneamente? – Rafael Campos Rocha, Revista DAS ARTES, Ed. Outubro de 2010.

Guy Veloso. Vale do Amanhecer, Planaltina-DF, 2014. Digital.
Em Veloso, vemos como, através do corpo, instaura-se a presença de vibrações intensivas intempostíveis, a partir da devoção e da crença religiosa – Isabel Diegues, no livro Outras Fotografias na Arte Brasileira Séc. XXI, editora Cobogó, 2015.
O transe, o movimento do corpo, a movimentação do grupo de onde a cena emerge e, rapidamente imerge, o ato social. Tudo é motivo de atenta investigação que ultrapassa o mero documentar – Armando Queiroz, curador-assistente do 33º Arte Pará (sobre mostra “Entre dois mundos: Pierre Fatumbi Verger e Guy Veloso”). Leia texto na íntegra.
Guy Veloso. Penitentes, Juazeiro-Bahia, 2015. Digital.
Fotografar temas complexos, como o das seitas religiosas, implica não fazer juízo de valor. Só assim o fotógrafo pode perceber as sutilezas oculta nos simbolismos de uma crença. Guy Veloso rompe o padrão clássico do documentarismo para representar o transe da fé. A experimentação leva o artista a buscar sintonia com seu referente. Ao expandir a linguagem, arriscar-se em seus limites e romper os manuais, realismo e imaginário parecem encontrar um ponto de equilíbrio da representação – Eder Chiodetto, curador, exposição Documental Imaginário, Oi Futuro, Rio de Janeiro-RJ, 2012.
(Penitentes) Ao longo do período de documentação, o fotógrafo ganhou a confiança dos adeptos, conseguindo registrar cem grupos em momentos de profunda introspecção dos devotos, em condições de luz escassa que pouco iluminam suas práticas madrugadas adentro – Rosely Nakagawa, curadora especializada em fotografia, Revista Brasileiros, 2010.

Guy Veloso. Festa de Exu. Ritual de Tambor de Mina, Belém-PA, 2013. Digital.
Dentre eles, o que flerta mais assumidamente com uma fotografia identificada com os valores modernos é, sem dúvida, o Teatro do Tempo, de Guy Veloso, mas ainda assim insere pequenos ruídos que fogem desse molde, quando foca num detalhe isolado ou percebe o lugar como um espaço de encenação do tempo, sugerido pelo título – Mariano Klautau Filho, curador, Catálogo do Prêmio Diário Contemporâneo.
O fotógrafo parece ser parte da situação, sem lançar um olhar estrangeiro sobre ela. Cores, contrastes e pontos desfocados evidenciam o aspecto imaginário da festa – Audrey Furlaneto, jornal O Globo (sobre fotos de Candomblé na exposição Documental Imaginário, Oi Futuro, Rio de Janeiro-RJ), 23.07.2012.

Guy Veloso.Tambor de Mina, Belém-PA, 2015.
“Não são obras sobre o transe, mas obras-transes” – Matilde dos Santos, curadora. Texto completo (port/fr).
“Guy Veloso fotografa sem recursos de aproximação ou otimização, e reserva às possibilidades do corpo a maior condicionante daquilo que deseja obter na imagem. Eventos religiosos e espirituais, como o Círio de Nazaré, no Pará, e a festa da Nossa Senhora da Boa Morte, na Bahia, já renderam extensas séries” – UOL Entretenimento, 29a Bienal de SP, 2010.
“Penitentes por Guy Veloso reúne imagens com tal força que transcende a imagem” – revista ARTE Brasileiros!. De julho de 2010.
“Como na Santa Teresa de Bernini na igreja de Santa Maria della Vittoria, em Roma, o alvo maior de Guy Veloso – o êxtase – está na umbanda, nas romarias, no culto pentecostal, no carnaval, nos Penitentes, na procissão do Círio de Nazaré como um traço em comum em estados de excitação extrema. Em seu imaginário, o profano e o sagrado se contagiam profusamente.[engl/port] Guy Veloso – o religamento amazônico da religiosidade plural no Brasil” – Paulo Herkenhoff, livro Amazônia XXI, 2021 link
— ENGLISH —
“It’s obvious the ambiguous relation between devotion and violence” – Moacir dos Anjos, curator, Visual Art Brasil Program, 29ª Especial Biennale of Sao Paulo, 2nd part, SESC TV, 2011.
“Guy Veloso shows his photos of faith. Not a systematic or dogmatic faith, but those ones who transpire in surreal images and fascinate us by the anxiety” – Simonetta Persichetti, O Estado de São Paulo. Sep. 20th 2010.

Exu. Foto Guy Veloso. Belém-PA, 2011. Slide.
“Guy Veloso’s images capture a moment in time where faith, consciousness, and cuerpo become one through rituals. The photographic documentation of the rituals disrupts our contemporary urban reality, summoning another more ancient reality to action at the world’s end. As we experience Veloso’s reality, we become penitents ourselves albeit from different hemispheres” – Maruca Salazar, curator, Museo de las Americas, Denver-CO, 2017.
In Veloso, we see how, thought the body, the presence of imperceptible intense vibrations based on devotion and religious belief is established – Isabel Dieges, curator, book Other Photographies in Brazilian Art 21st Century
“His photographs stand to indulge to the full enjoyment of the chromatic game, making his coppery color palette proves through a dense shadow. Such darkness, which offers a nocturnal aura, even for images captured under the blazing sun of noon, would cover up the whole colors, not for the sources of light and shields that reflect and tint its coloring” –Numinous Gestures, Paulo Miyada, curador (text).

Guy Veloso. Yao de Ewá, Candomblé (african-american ritual), Ananindeua-PA (Amazon), Brazil, 2015. Digital.
“Guy Veloso photos invite to a fallacious experience. The call always seems to matter, but the speech itself is always the color as the virtual tone” – Paulo Herkenhoff, curator and art Critic.
“Guy Veloso journeys between classical documentary photography and ‘imaginary documentation’. It is a new force of Brazilian documentary photography that begins to emerge into the world” – Eder Chiodetto, curator, Photo Magazine, 42, 2012.
“Guy Veloso’s photography was born of his discretion in infiltrating and cultivate intimacy. He use modest equipment, with no optimization or approximation resources of what his naked eye can capture; reserves to the possibilities of the body, its meetings, attachments, errors and wanderings, the biggest determinant of what aims to establish over the image form. In return, the artist wins naturalness and spontaneity from the people, and creates a map that alternates documentary rawness, ambiguity and fantasy (…). The images associate moments of sacrifice and pain of the people in times of worship and entertainment. As a photographer in practice, they open and demystify these hidden ideas and give in return to the public of the Biennial reflection and responsibility for any kind of stigma” – Catalogue of 29th Biennale of São Paulo.

Guy Veloso. Série “Penitentes”, Salvador-Bahia, 2004.Slide.
“What is the border between documentary photography and art? With Robert Capa, one could no longer draw the line, and Guy Veloso is not that simple. However, recently, Guy’s work was prohibited by an important website for allegedly not being art. Its formal precision, febrile colors and dramatic framing enhance the expression, more than information, but not so convinced all critics. We can infer that such rejection is due to the fact that apparently Guy Veloso to join the portrayed religion, instead of analyzing it with a critical eye. Veloso’s photographic trance reconciles himself with the religious trance, raising a question that is not just theological. Art should invite us to a state of rapture, as the frenzy of the people, or to a reflective look of a strategic distance? Or perhaps both simultaneously?” – Rafael Campos Rocha, DAS ARTES Magazine, Ed. October, 2010.
“Penitentes by Guy Veloso gathers images with such strength that transcends the picture” – ARTE!Brasileiros magazine. July, 2010.
“The first step to shoot a multifaceted subject, like that of religious sects, is not to have their own dogmas and beliefs as a parameter to judge a person’s faith. This is the only the photographer will be able to understand the subtleties hidden in several symbolic layers of a belief. Guy Veloso remained in this quest for over a decade until his work break the classical pattern of documentaries to dive in a renewed aesthetic, in which he puts us in touch with a new range of dimensions. The images thus become organic. It is like we were not seeing photos anymore ‘about’ something but the thing itself. It is sometimes necessary to experiment, expand the language, breaking with the manuals, so that the realism erupt with greater forcefulness” – Eder Chiodetto, curator, the text for the exhibition “Generation 00” , Belenzinho SESC , Sao Paulo -SP , 2011.
“Guy Veloso’s images surprised by nonsense, by surreal, by the complete dissonance between the real world and the other world” – Rubens Fernandes Junior, curator.
“Kind uncomforting and interesting estrangement, certain strangeness it causes” – Paulo Máttar, artist and curator.

Guy Veloso. Série “Iemanjá”. Belém-PA, 2014. Slide.
“There is an ambiguity of meaning in the representation of the masked men when compared to the violent Ku Klux Klan, to the emblematic chador of Muslim women and the contemporary kidnappers that evoke the atmosphere of insecurity so present in the globalized world” – Angela Magalhães and Nadja Peregrino, curators.
“Veloso leaded us to a different, fascinating and corporeal world” – Orlando Maneschy, photographer and researcher.
“There are the scenes, but the image, the aesthetic is Guy Veloso himself that leverages the real gathering to the edge of fear” – Marisa Mokarzel, curator.
“Opposed to Mephistopheles, Goethe’s erudite demon, Guy Veloso dresses as archangel. Body is not enough for him, he wants to capture and reveal the penitents’ soul. For a good purpose. Even for an atheist like me, it is not difficult to identify souls that hover in each picture. Souls in color, souls in black and white. Guy Veloso is also a conjurer in reverse: in constant process, he creates and recreates realities of unrealities” – Carcara Photo Art 07, 2016.

Foto Guy Veloso. Umbanda, Belém-PA, 2011. Slide.
“This is the multiple and complex universe that Guy takes a look beyond the characteristics of each religion to the Brazilians daily lives” – Joana Mazza, curator.
“Guy Veloso integrates the new generation of Brazilian authors seduced by the idea of carrying out a subjective and committed record to one of the most important aspects of Brazilian culture and, by extension, Latin American, which refers to the popular religious practices. This led him to be recognized at home and abroad, with a solid work, revealing large and aesthetic values – Fotomundo Magazine, Argentina, 2008.
“The photo maker seems to be part of the situation, without put a foreign look upon it. Colors, contrasts, and diffused pixels enhance the imaginary characteristic of the Candomblé (African-brazilian religion)” – O Globo Newspaper, July, 23rd, 2012.
“(Veloso) shows Camdomblé in an organic representation, instable and full of moving, like the one who sees it from inside” – Eder Chiodetto, curator, O Globo Newspaper. July, 23rd, 2012.
Guy Veloso entered into the private universe of Penitents, like he was considered one of them, without necessarily commune of religious practices in the rituals. (…) Guy had access to secret information that the group have never allowed to other photographers – “The Penitent”, Tyara de La-Rocque, Journalist (text).
If, in the beginning we detect a classic documentary maker spinning around his own object, as the years pass by with accumulated knowledge and intimacy, Guy’s photography has stopped representing the rituals and started presenting them – Eder Chiodetto, curator, Ipsis Collection of Brazilian Photography, book, 2017.
“Guy Veloso’s photography has a straight relationship to the performance. Even closely engaged in their ritual, there is something performative in these shrouded men and women, a desire to formally express their belief. Veloso’s trance of faith metaphor takes the activity of looking as a representation of the movements of the world, accentuating that the photographer can also prove to be a performer from the moment his artistic act penetrates the intimacy of believers and joins, literally and symbolically, to them in one pageant, resulting in images full of meanings and representations” – Cinthya Marques, bachelor of visual arts and researcher.
“Guy Veloso’s work takes the light as the main line. From vibrant and saturated color, his photographs resist surrendering to the full enjoyment of the chromatic game, making his coppery color palette proves through a dense shade. Shuch darkness, which lends a night aura even for images captured under the midday sun, would cover up its entire chrome, not for the light sources and the shields reflecting and titing its colors. It is that important, therefore, that these screens are, in most cases, bodies engaged in rites of belief that are themselves acts of searching for some sort of enlightenment. In the exhibition “We must confront the vague images with clear gestures”, a triptych and a diptych of Veloso will be present in which gestures of various rituals are mixed, since sacred cults like Candomblé and Umbanda to the prosaic carnival and ballet”, Paulo Miyada, curator.

Foto Guy Veloso. Umbanda, Belém-PA, 2015. Digital.
Guy Veloso remained in this quest for over a decade until his work break the classical pattern of documentaries to dive in a renewed aesthetic, in which he puts us in touch with a new range of dimensions. The images thus become organic. It is like we were not seeing photos anymore ‘about’ something but the thing itself. It is sometimes necessary to experiment, expand the language, breaking with the manuals, so that the realism erupt with greater forcefulness” – Eder Chiodetto, the text for the exhibition “Generation 00” , Belenzinho SESC , Sao Paulo -SP , 2011.