“Tem densidade estética e uma proposição poética arrebatadora. Formato adequado para o discurso visual. As fotos sangradas clamam de desejo e extrapolam os territórios em que os acontecimentos foram flagrados pelas suas lentes atentas e generosas” – Rubens Fernandes Junior, curador, escritor e estudioso especializado em fotografia.
“Fotografias muito significativas da mudança operada de uma fotografia tradicional à imagens mais abstratas, rastros, indícios de uma religiosidade cortante” – Nadja Peregrino, curadora e pesquisadora especializada em fotografia.
“Poucos projetos têm essa extensão no Brasil e raros fotógrafos se aventuram em profundidade. Daí a importância deste documentário não somente para o meio fotográfico, como também para a Antropologia e a Etnografia” – Juan Esteves, revista Fotografe Melhor, março de 2020.
“Uma obra de fôlego. (…) Apaixonada que sou pelas manifestações culturais deste imenso Brasil, outras tantas camadas se abrem aos meus olhos sabendo agora que o seu mapeamento religa a prática dos penitentes em todo o território nacional. E para além dele, nos reconecta também com os rituais dos Penitentes do Novo México. Uma aula de história, cheia de ricas referências em seu texto” – Angela Magalhães, curadora especializada em fotografia.
“A relação de proximidade que Guy Veloso estabelece com os seus temas de predileção faz toda a diferença nos resultados que obtém. Por não se colocar à distância, numa posição de neutralidade em relação a eles, mas, ao contrário, por buscar a empatia e a confiança, o fotógrafo permanece mais tempo junto aos seus personagens e acaba por conhecê-los para além do que o registro rápido pode oferecer, criando laços com eles. Ao mesmo tempo que cultiva a proximidade, ele se mantém livre para desenvolver a própria interpretação a respeito dos assuntos que investiga. Nenhuma fotografia é neutra, sabemos, e o trabalho de antropologia visual que Guy Veloso encampa não escamoteia sua fascinação pelas manifestações de religiosidade mais arraigadas, sobretudo aquelas em que a ascese dos praticantes resulta em rituais carregados de teatralidade, mistério e, não raro, dor e êxtase” – Adriana Dória Matos, Revista Continente.
